Pronta!

Já é final de novembro, o Natal está chegando, muita festa, presentes, encontros e viagens, porém, antes disso tudo, está o temido e esperado vestibular. Para consagrar - ou não - as festas de final de ano. São momentos de tensão e ansiedade, medo e confiança se alternam entre os dias que passam, a cada aula assistida ou matada no bar da esquina. Um sentimento único, sem o qual eu não seria uma profissional feliz.

Confesso, logo que sai do ensino médio, em 2006, não tinha essa dimensão do que era o vestibular, do quanto significava a faculdade e de tudo isso. No ano seguinte, sem me preocupar muito, me inscrevi numa faculdade qualquer, leia-se, a mais barata, e para um curso qualquer - ou aquele que meus pais queriam para mim. Fui a provada mas não fiz a matricula.

E como se fosse uma provinha qualquer, me inscrevi de novo, na mesma faculdade mas no curso que eu sempre sonhei cursar. Fui lá, no dia e na hora marcada, sem preocupação nenhuma, sem saber, ainda, o que significava o tão temido vestibular. Não entendia o medo das pessoas de uma provinha. Sem estudar, sem nem se quer conferir o manual do candidato, ou qualquer coisa do tipo, fui aprovada novamente, e desta vez matriculada também. Meio a contra gostos dos coroas aqui de casa, é verdade.

E a minha passagem pela faculdade foi exatamente assim: insossa. Lógico que no começo é aquela empolgação, mas depois... Eu não me adaptei a turma, não tinha colegas, uns professores piores que os outros, sem estímulos. Fui empurrando com a barriga até criar a consciência e coragem o suficiente para dar um basta e virar a mesa.

No meio deste ano, tranquei a faculdade. Decidi que ia continuar estudando, continuar com o meu curso, mas, desta vez, numa faculdade de verdade. Comuniquei meus pais, houveram muitas criticas e resistência, fato. Porem, no final, cederam e me apoiaram.

A partir dai, me matriculei num cursinho pré-vestibular, e só então passei a entender o que significava o vestibular, toda a sua importancia e magia. Ainda sem fazer as provas, sem saber se ingressarei de novo na carreira academica, posso afirmar que não me arrependo da escolha feita. Pois, o vestibular não é só uma prova, ele é o inicio da melhor época da sua vida.

Época, a qual, começa justamente no curso pre-vestibular. Que o digam as aulas cabuladas, os bares, as cervejas, as tequilas, os churrascos. Que fiquem as fotos, as lembranças, as risadas.

Agora sim, estou pronta para a faculdade.

Tudo errado.

Tudo errado. O mundo de cabeça para baixo, girando, girando. Girando, cada vez mais rápido. Já está ficando tonta, cada vez mais.

"Por favor, alguém pode parar o Mundo? Eu quero descer!"

Tudo agora. E de uma única vez. Se perdeu! Não sabe mais como, quando, onde, nem os porquês de nada. Dúvidas, meios, anseios.

Desperdício de tempo, de vida, de lágrimas. Sem rumo, num caminho sem volta. Precisa ser, precisa ter. Mas, como? Como tentar assim?

Tudo tão errado. Eu só queria me esconder.

O nosso futuro.

Tema 1 - A relação da mídia e sua influência sobre os direitos da criança e do adolescente no Brasil.

O nosso futuro.

É de comum sabedoria a influência que a mídia exerce em seu público, seja explicita ou não, com mais ou menos intensidade, nos mais diversos assuntos. O problema é quando esta influencia se torna negativa e atinge diretamente as crianças e adolescentes brasileiros.

Por diversas vezes, em variados discursos – passando por celebridades, formadores de opinião e chegando aos políticos, ouvem-se projetos, sugestões e criticas. Porém, nenhuma solução cabível para assegurar, melhorar e manter a integridade dos que, por eles, são chamados de: ‘o futuro do Brasil’.

Há alguns anos, tem-se na televisão projetos sociais que dizem buscar tal objetivo, mas que, na verdade, maquiam o problema iludindo a população com falsas sensações: a de dever cumprido e de questão resolvida. Assim acomodando-a e fazendo se esquecer do problema, somente ate o ano seguinte. Exemplo disto é o programa ‘Criança Esperança’ da TV Globo.

Toda via, não é correto afirmar que projetos assim são dispensáveis. De uma forma ou de outra e, por mais que haja interesses externos aos de melhorar a condição de vida dos nossos jovens, conseguem ajudar a uma pequena parcela, aliviando uma parte do problema.

Por fim, para que seja garantido o futuro do nosso país, precisa-se primeiro garantir, aos que o farão, o que lhe é necessário. É preciso, além de tudo, conscientização e humanização. Não é possível almejar o crescimento de um país com um pensamento individualista.

Além da informação.

Mídia nada mais é do que o nome dado aos meios de comunicação de massa, responsáveis por levar a informação aos cidadãos, ou seja, a função exercida pelos jornais, rádio, televisão e internet. Função que, ultimamente, vem sendo deturpada.

Na televisão, que é o principal destes meios, por exemplo, nos é submetido um mundo mágico, de fantasia e sonhos em alusão ao mundo perfeito, através das novelas, filmes, comercias e, até mesmo, dos desenhos animados. Mundo irreal, produzido e bem quisto pelos pequenos grupos de grandes empresários ricos.

Assim como antigamente, ainda temos a política 'pão e circo' em que, para manter distraída e longe dos problemas do país, era oferecido a população comida e diversão. Só que hoje, no lugar do circo, tem-se a televisão. Ferramenta que, ao invés de incluir, exclui e aliena.

Entretanto, alguns filósofos da Escola de Frank-Furt afirmam que só é mostrado aquilo que o povo quer assistir. Se o programa 'Big Brother Brasil' chegou a sua oitava edição foi porque obteve audiencia. É um ciclo.

Por fim, os meios de comunicação são ferramentas extremamente importantes, interferindo diariamente no cotidiano de todas as pessoas e controlados por pequenos grupos com interesses pessoais, mas que, quando utilizado da maneira correta, é capaz de ir alem de só levar a informação: mesclando a diversão e aguçando o senso critico de toda uma sociedade.

A menina

Da janela do quarto a menina vê a lua no céu.
E chorando sente o gosto salgado tocarem-lhe os lábios.
Pensa na vida, junta e separa pedaços.
Desacreditada, sabe que sim.
Crê não crendo, nos outros.
Tem medo.

Nada, não.

Não sentir nada.
Não querer nada.
Vazio.

O impossível.
O improvável.
O tudo.

Pouco nada.
Muito, tudo.

Não saber.
Saber-se só.

Não sentir,
Sentir-se só.

Não querer,
e ser só.

Mentir,
enfrentar,
ser só.

Só depender de você.