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domingo, 29 de junho de 2008

O Reencontro.


Foi-se mais uma semana lotada: trabalho, casa, obrigações. Problemas, gente chata, dor de cabeça. Frio, azia, metrô lotado, ônibus mais lotado ainda. Banho, e-mails, cama: a parte boa. Enfim, ela chegou. Já era hora, como foi esperada. Ah, a sexta-feira.

Já eram quase 20 horas quando chegou a casa, já não agüentava mais a mochila – quase vazia – pesando nas costas. E para sua surpresa, estava tudo apagado. A casa era toda sua, pelo menos, por algumas poucas- e próximas - horas.

Abriu, então, o portão e logo depois a porta. Entrou pela cozinha, mas não acendeu a luz, gosta do escuro. Na verdade, precisa dele. Andou mais um pouco, jogou a mochila no chão da sala e deu meia volta. Abriu a geladeira, cogitou a possibilidade de pegar algo para comer, mas, meio a direita, na prateleira, estava a tão convidativa latinha de cerveja. Ah, cerveja.

Subiu as escadas, entrou no quarto, ligou o computador. Saiu. Voltou ao corredor, entrou no banheiro e foi ligando o chuveiro. Percorreu a casa toda sem destino, como quem aproveita da solidão.

Ficou um tempo ali, em pé, com a latinha na mão e de olhos fechados, vendo, sentido e, claro, ouvindo o barulho da água, que dessa vez – ainda – não estava por massagear seu corpo, mas, sim, a sua mente, o seu espírito.

Voltou para o quarto. Abriu as janelas. Sentou na cama. A água ainda caia. A mente estava longe e a cerveja meio no fim.

Era impressionante, não sabia como tal fato se dava, só sabia que era assim. Aquela junção de coisas fazia com que o mundo se desmaterializasse, dividia-se em dois: o dele e o dos outros.

Ah, era tão boa àquela solidão consentida. Ele com ele mesmo. A cada cole na latinha, uma preocupação era esquecida. Os átomos de álcool que entravam pela sua boca, percorriam-lhe o corpo pelo sangue até chegar ao cérebro. E era lá, na verdade, que provocavam o maior estrago: agiam como uma borracha. Pouco a pouco, iam apagando letra por letra, momento por momento, de todo o seu arquivo que estava ali – no cérebro- armazenado.

Talvez a intenção fosse mesmo essa se desfazer de tudo o que passou, sem importar se era bom ou ruim. Nunca gostou da sua vida, nunca gostou de si próprio. Será que alguma vez em sua vida teve encontrou a felicidade?

Naquele momento, já ouvindo o barulho do chuveiro bem mais distante, com a latinha já caída no chão da cama, ele estava se sentindo mais leve, nem parecia ter os seus 98 quilos. Foi caindo aos poucos na cama, o pensamento cada vez mais vago, os olhos foram fechando. À frente, só enxerga um clarão, uma luz muito forte, toda esbranquiçada o cegava.

Ate que o que era claro –e ate demais – apagou-se. Escuridão. Agora era a solidão total. Era só ele, sem ele. Só existia, então, seu corpo. Era a solidão de que ele precisava, enfim, encontrava-se feliz.

A partir daquele dia, então, não iria mais precisar ter que aturar a zuação e o preconceito. As cobranças e o estresse do dia-a-dia. Não era jovem nem muito velho. Alguns diriam que foi um desperdício que ainda tinha uma vida inteira pela frente, estes não sabiam de tudo o que ele já tinha vivido. Outros aceitariam com mais rapidez e facilidade, afinal, para um homem de quarenta e poucos anos, gordo e cheio de vícios a vida não guardava muita coisa mesmo.

Ah, quanto engano, Meu Deus. Mal sabem aqueles que julgam que, a sua vida interior, o seu outro eu, tinha comprido sua missão. Depois de ter visto a morte de perto, era só isso que ele desejava: O reencontro.

"Qualquer dia, então."

"[...] Amigo é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito/ bem perto do coração/
como dizia a canção![...]"

Para todos os momentos eternizar,
A terra deveria parar de girar,
E o ponteiro parar de marcar
As horas que insistem em passar.


Que as montanhas saiam do lugar,
Que os mares me ensinem a nadar
E os céus me ajudem a voar
Para que com a distancia eu possa acabar.


A cada dia sinto a saudade apertar.
E uma lagima nos olhos vem a brotar.
Ah, como eu queria te abraçar.
Somente queria estar.

No teu colo a cantar.
No teu ombro a chorar.
Do seu lado a gargalhar
Em todos os momentos, amar.

Então,
Que os meses não passem devagar.
Que as semanas não demorem a chegar.

A felicidade vem, começa a brotar
E os olhos a brilhar.
O coração mais forte a palpitar.

Qualquer dia, amiga
Vou voltar!
Te encontrar!


[♪] Milton Nascimento - Canção da America

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Dica: DNA

Quase quinta-feira, a sexta está chegando, final de semana se aproxima. Para alguns, isso significa balada, amigos, diversão. Para outros, descanso, paz, tempo. E, tudo isso, de alguma forma, me lembra música. Portanto, o post de hoje será uma dica musical.

Antes, vou explicar que sou uma pessoa totalmente eclética, adoro todos e os mais diversos tipos de música. Na verdade, sou apaixonada pela arte em seus diversos estilos. Por isso, vou procurar sempre dar algumas dicas por aqui.

Mas voltando a música, a dica de hoje é a Banda DNA. Formada por 3 meninos e 1 menina todos - de alguma forma- com musicalidade na veia, já que dois são filhos dos integrantes do Roupa Nova e os outros dois, Bruno Galvão e Beto Filho, filhos dos integrantes do Trio Maravilha e Golden Boys, respectivamente. A idéia central da banda é a de fazer releituras das canções da época da jovem guarda como tambem de alguns outros grandes hits - do momento ou não. Passando pela maioria dos ritmos, modificando os arranjos e dando nova cara às músicas.

Por enquanto, parece que só estão se apresentando no Rio de Janeiro mesmo. Para você que é carioca, vale a pena ir conferir. E para os que - como eu - não são, resta ir conhecendo aos poucos pelo velho e bom youtube.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Ansiosa, eu?!

"Aquele tempo que um dia já correu, que fez do hoje, um amanhã. Faz do ontem, hoje. E o dia não passa. Não na mesma velocidade. E o amanhã, ele parece nunca chegar. Posso dormir?? Me acordem mês que vem, please!"

sexta-feira, 20 de junho de 2008

"Respirar"

"[...]E se eu desmoronar/ Se não pudesse mais aguentar/ O que você faria?/ Come break me down!/ Bury me, bury me!/ I'm finish with you!/ [...] I tried to be someone else/ But nothing seemed to change / I know now, this is who I really am inside/ Finally found myself/ [...] Look in my eyes/ You're killing me, killing me/ All I wanted was you!"

Eu quero respirar, mas não consigo.

Estou me sufocando, ficando sem ar.

Está tudo poluído, não consigo enxergar.

Rarefeito, vai se indo.

Sem ar vou construindo,

Uma bolha.

Vou fingindo,

Estar, somente estar.

Não existe tempo, espaço.

Ou a hora exata de fazer

O que tiver de fazer.

Não há, não há.

Vou fugindo e fingindo,

De mim e de você.

Do mundo,

Vou-me indo.

Vou negando a realidade.

Às vezes sim, às vezes não.

Sem ar, asfixiado,

Foi-se, coração.



[♪] The Kill - Pitty e 30 seconds to mars

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Eu e a distancia; a distancia e eu.

A distância pode ser a ausência de quem está perto ou a saudade de quem está longe. E o longe, em muitos casos, se faz relativo. Principalmente, quando estamos tratando de sentimentos e de pessoas.

A distância entre duas cidades e a distância entre dois corações são totalmente diferentes, tornam-se desproporcionais. A primeira, normalmente, é medida em quilômetros, podendo-se também cronômetrar o tempo, em horas. Já a segunda, ninguém consegue explicar, com clareza, como se dá.

Contudo, quando o que se sente é verdadeiro, ela passa a ser um mero coadjuvante, independente do sentimento que esteja em jogo, seja o amor em suas mais variadas formas.

Dizendo por mim, muitas das vezes, tomo - a como inimiga. Dói, machuca, leva um pedaço de mim e da minha outra metade, deixa-me a sangrar em duas partes.

E quando acho que já não posso mais agüentar, ela consegue, ao final, me surpreender. Aos poucos, vai mostrando o seu lado bom, afinal, tudo na vida – ou pelo menos a maioria das coisas – têm dois lados: o bom e o ruim. No caso da saudade, considero, o ruim e o ‘menos pior’ – com o perdão da gramática.

E então, depois de rever algumas fotos, relembrar alguns momentos e reler alguns e-mails, o seu lado menos pior consegue me conquistar, mesmo que não querendo. Geralmente, vem em forma de frase: ‘Não chore pelo que já passou, sorria porque aconteceu’.

Não digo a vocês que é fácil, dependendo do caso, torna-se um exercício diário em que temos que ter controle de nossas emoções.

A saudade que me aperta o peito e me transborda os olhos, é a mesma que me faz sorrir. Enche-me de fé e esperança, me faz acreditar que, novamente, estaremos perto. Rindo, brincando, chorando.

É tão bom. É tão ruim.

Ah, que saudade de você!

domingo, 15 de junho de 2008

"A guerra: o transito paulista."


Horário de pico, trânsito, estresse. São Paulo, a terra da garoa, daqui a pouco irá se transformar na ‘cidade congestionada’. Especialistas dizem que em alguns anos o número de carros será maior do que o número de pessoas, nas ruas da cidade.


Como uma das soluções, vem surgindo à idéia, cada vez mais constante, do uso da bicicleta como meio de transporte alternativo. Hoje, ao contrário do que muitos imaginam, existem, no mundo, mais pessoas utilizando a bicicleta como meio de transporte do que a lazer ou prática esportiva, como é de costume. Isso ocorre, principalmente, nos países asiáticos – devido ao relevo e as condições econômicas que, até a década passada, não permitiam o crescimento automobilístico – e na China, onde nas áreas urbanas a maioria, metade, da população possui bicicletas.


Porém, não é isso que temos nos países industrializados como o Brasil, menos ainda, numa cidade como São Paulo, onde imperam a pressa, a rapidez, os compromissos e tudo o mais. Lugar em que se prefere a comodidade à praticidade.


Na verdade, para muitos, pouco importa, se a bicicleta é um meio de transporte não poluente, silencioso, saudável, de fácil acesso. Lógico que também não podemos ser céticos e hipócritas ao sugerir, por exemplo, para mim - que moro em Guarulhos/ Grande SP; trabalho em Higienópolis / Zona Sul, e estudo na Paulista – que percorra este trajeto de bicicleta. Entretanto, existem casos, em que, sim, o carro poderia dar lugar á bicicleta. Mas que por um capricho ou outro, não dá.


Contudo, para que este projeto tenha, verdadeiramente, eficiência, é necessário não só a conscientização, e obediência às normas, como também, o apoio do governo para que, ao invés de se tornar um meio de transporte alternativo, as bicicletas e seus ciclistas tornem-se meros personagens nesta ‘guerra’ que é o transito paulista. Talvez, uma das primeiras medidas a serem tomadas – além dos bicicletários implantados nas estações do metro – seria a implantação de uma rede de faixas especiais para o uso exclusivo dos ciclistas no horário de pico.

sábado, 14 de junho de 2008

"O Jogo da Vida"


Todas às vezes ao abrir o orkut, ao iniciar o primeiro post de um blog, ou ate mesmo ao deitar a cabeça no travesseiro, me questiono: ‘Quem sou eu?’. No primeiro e segundo caso, muitas vezes, prefiro ficar com as impressões e definições dos amigos que, geralmente, conseguem enxergar defeitos e qualidades melhor que eu mesma. E assim também, afasto dos leitores todas as minhas entrelinhas, que acabam se mostrando, implícita ou explicitamente. Já no ultimo caso, estou só; eu comigo mesma. Em cima da cama fria, coberta pela escuridão do meu quarto, sem qualquer condição de me esconder. E, é ai que a pergunta ecoa cada vez mais forte, dentro da cabeça, junto ao meu eu.

Clarice Lispector já dizia: “Se tivesse a tolice de se perguntar ‘quem sou eu? ’ Cairia estatelada e em cheio no chão. É que ‘quem sou eu? ’ Provoca necessidade. E como satisfazer a necessidade? Quem se indaga é incompleto”. É assim que eu me sinto, no meio de toda a bagunça emocional que a idade me apresentou. Não consigo me definir, não me reconheço, não sei mais de nada. Assim é que parece.

Bate-me a porta a responsabilidade ter 19 anos – quase 20 -, deixar de ser teen (nine teen), para me transformar numa jovem-adulta. É que esta transição traz consigo escolhas próprias, erros e acertos. Um peso que só você pode carregar. Você pode estar sozinha, mas a sua decisão torna-se abrangente e prejudicial para os outros. Aqueles que estão perto e longe ao mesmo tempo.

Por ora, como diz o titulo do blog, me intitulo como “menina aspirante”. Que do dicionário, aspirar é definido como: ter desejo veemente, ter pretensão. Sim, hoje quero ser bem mais que a garota conhecida e popular, amada e querida por todos, não quero mais ser a boazinha da história, não quero ser passiva, quero ação.

Só que não é tão simples assim, querer não é poder. Mas, pode ser. Desde que se exercite a paciência, como num jogo de xadrez em que precisamos sacrificar algumas peças para dar o xeque-mate do final, ou até mesmo, quando somos surpreendidos por uma jogada inesperada do adversário e temos que mudar toda a nossa estratégia.

É assim o jogo da vida. É este o jogo que, só a partir de hoje – ou de alguns dias atrás –, eu me propus a jogar. Sou iniciante, ainda estou aprendendo sobre as suas muitas regras. Vou aprendendo que os tropeços fazem parte, te ensinam a levantar. E que as quedas e esbarrões podem doer, contudo, no final, você vai passar de aspirante à vitorioso. Aspiro, somente agora.