O desanimo toma conta de mim, e sem um motivo aparente vem todo final de tarde. Faz-me sentir cansada, sozinha e triste, por mais que as ultimas semanas tenham sido mais agitadas do que normalmente.
Talvez sejam sintomas de saudade, das coisas, dos momentos e das pessoas. Dias em que eu tinha real motivo para estar cansada e, ainda assim, estava sorrindo, brincando, rodeada de pessoas.
Ou ainda seja o medo, a falta de costume com o novo. A pressão da tomada de decisões importantes. A ausência de alguém que esteja perto fisicamente e emocionalmente. Não sei.
É um misto de sentimentos, que me deixam confusa, me sufocam. Atrapalham meu dia-a-dia, influenciam meu humor. É uma sensação muito ruim, que por mais que você queira te deixa sem animo para mudar alguma coisa.
E para não dizer que não fez nada, você tenta. Tenta e para no primeiro obstáculo, na primeira conversa fria, no primeiro não. E assim vai agravando ainda mais cada um daqueles sentimentos, vai se tornando carente, melosa e chata.
Então, vai atrás de alguém para descarregar tudo isso. Nada melhor do que uma amiga querida, uma mesa de bar e algumas cervejas geladas. Solução instantânea, que te faz sentir melhor algumas horas.
Mas, como você quer sentir-se assim todos os dias, perturba a querida amiga a semana inteira com mensagens no Orkut e no celular. Coitada!
E o que te resta fazer é ir levando, tentando ser consciente de tudo isso que acontece. Tem-se que levantar hipóteses de causas para então achar as soluções.
Eis aqui, é o que eu faço. Problematizo meus problemas em linhas, pontos e vírgulas. Desabafo para mim mesma. Assim, quem sabe, consigo ornar um pouco mais clara e leve tudo isso que acontece, e assim ter forças para devagar passar por cada obstáculo.